A 15 mil km dos Jogos Olímpicos em Paris, na Polinésia Francesa, seis brasileiros brigam pela medalha de ouro do surfe. Entre eles, está João Chianca, o Chumbinho, de Saquarema. Além dele, Gabriel Medina, Filipe Toledo, Tatiana Weston-Webb, Luana Silva e Tainá Hinckel representam o Brasil nos Jogos Olímpicos no único esporte disputado fora da França.
Logo no primeiro dia da janela, Filipinho foi o primeiro brasileiro a entrar na água, mas caiu para a repescagem.
Logo em seguida, Medina e Chumbinho mostraram sintonia com o mar e avançaram direto às oitavas de final.
Antes de João Chianca entrar na água, a mãe do atleta estava apreensiva para o início da disputado e se emocionou com a participação do filho nos Jogos. Chumbinho sofreu um acidente grave em Pipeline, no Havaí, em dezembro do ano passado e passou por uma recuperação longa e difícil. Ficou uma semana para mexer os pés depois da queda, mas mostrou resiliência e voltou a competir a tempo para os Jogos Olímpicos.
“O que eu tenho feito para me acalmar e me concentrar ao máximo para chegar lá e conseguir explorar todo o meu potencial. Todos nós somos favoritos e temos grandes condições tanto competitivas e quanto de habilidades dentro dessa onda. Mas acredito que somente alguns conseguem aproveitar aqueles 30 minutos para dar o seu melhor e atingir o máximo do seu potencial e da sua performance. Eu espero que eu faça ser esse evento bem longo explorando o meu potencial nas baterias” – disse Chianca após a classificação.
João Chianca faz 5.67 em primeira onda
A quinta bateria do dia começou bem devagar nas notas. Os surfistas não encontrar boas ondas no início da disputa, até João Chianca surfar dois tubos medianos, mas que colocaram o brasileiro na liderança faltando dez minutos. O neozelandês Billy Stairmand não se achou no mar, e o marroquino Ramzi Boukhiam chegou perto de virar a bateria, mas ficou em segundo. Chumbinho terminou em primeiro e avançou às oitavas de final.
Dos 21 países representados no surfe dentro dos Jogos Olímpicos, o Brasil chega com a maior delegação. Único país com seis competidores em Teahupoo, o Brasil vai em busca do segundo título. Italo Ferreira foi o primeiro e único medalhista de ouro na história do surfe, esporte que é disputado pela segunda vez nas Olimpíadas. Nesta edição dos Jogos, o Comitê Olímpico Internacional escolheu não colocar as disputas do surfe na França pela má qualidade das ondas nesta época do ano.
Depois de um primeiro dia agitado no mar de Teahupo’o, os melhores surfistas do mundo voltam para as águas do Taiti neste domingo (28) às 14h (masculino) e 18h48 (feminino) para a segunda rodada da competição.
