O Rio de Janeiro está nas últimas colocações, no Brasil, quando o assunto é a cobertura vacinal contra a poliomielite. A campanha nacional de vacinação terminou na última sexta-feira e o Rio atingiu a imunização de 69% do público-alvo com as doses injetáveis. É o segundo pior resultado do país. Elas devem ser aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade da criança. O estado do sudeste só perdeu para o Amapá, que tem uma cobertura vacinal de 65%. E bem atrás de outras unidades da federação, como o Piauí, com 91% de imunização, perto da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde de 95%.
Já quando o assunto é a aplicação das doses de reforço, que são orais, as famosas gotinhas, o Rio de Janeiro é o último do Brasil. Apenas 59% do público-alvo foram imunizados. As doses de reforço devem ser administradas aos 15 meses e aos 4 anos. O Amapá ficou à frente do Rio com cobertura de 60%.
Nas cidades do interior, os números são bem alarmantes em Campos. Na maior cidade do interior do Rio, apenas 46% das crianças receberam a dose injetável e 35%, as doses orais. É uma das menores coberturas do Rio. A vizinha Macaé tem números bem melhores, com 64% de imunização com a dose injetável e 59% com a dose oral.
Na Região dos Lagos, destaque negativo para Cabo Frio. A cidade tem 51% de imunização com a dose injetável e 41% com a dose oral. Em Araruama, município próximo, a vacinação está em 69% e 59%, respectivamente.
Em Maricá, os índices estão em acima, com 76% de vacinação com as doses injetáveis e 63% com as doses orais. Mesmo, assim, os melhores índices ainda estão bem abaixo da meta do Ministério da Saúde de 95% de imunização.
Mas há aquelas cidades que têm feito o dever de casa, principalmente as pequenas cidades. Em Aperibé, no noroeste, 96% das crianças já receberam as doses injetáveis e 67%, as doses orais.
Apesar da campanha nacional ter terminado na semana passada, as doses continuam disponíveis nos postos de saúde.
A poliomielite foi erradicada do Brasil, mas ainda há casos registrados em outros países. A doença é transmitida por um vírus e única forma de prevenção é a vacinação correta, incluindo as doses de reforço. A poliomielite causa paralisia, principalmente, de membros inferiores.
