O segundo turista a morrer após a explosão de uma lancha em Cabo Frio, Aleksandro Leão Vieira, de 36 anos, foi jogado no mar com a força da explosão, mas voltou à lancha em chamas para salvar as crianças. De acordo com a irmã dele, Aline Vieira, Aleksandro “foi arremessado para fora da embarcação. Mas ele voltou para pegar as crianças, que era o Davi, o Gean e a filha dele, Ana Júlia. Só que esse retorno não foi tão rápido. No susto, ele ficou paralisado até realmente conseguir pegar os pequenos”, disse a irmã.
Aleksandro morava em Cariacica, no Espírito Santo. Ele era autônomo e, além dos amigos, estava na lancha junto com a esposa Caroline Pimentel, 28 anos, e a filha Ana Livia Pimentel, 5 anos. As duas estão internadas no Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT) e, segundo a assessoria da unidade, o estado de saúde delas era estável.
De acordo com parentes, Aleksandro teve 75% do corpo queimado e o estado de saúde dele era considerado grave desde o dia do acidente.
Na sexta-feira (21), após informar sobre a morte do menino de quatro anos, a assessoria do hospital disse que o estado de saúde de Aleksandro Leão Vieira, de 36 anos, era estável. No entanto, já no sábado (22), o quadro dele era muito grave.
“Os médicos chamaram a gente para conversar e desenganaram ele. O pulmão estava parando de funcionar. Tudo é muito triste”, disse a irmã da vítima.
A morte de Davi Freire Zerbone, de 4 anos, foi confirmada na sexta-feira. Ele estava internado em Araruama em estado grave. O corpo dele foi levado para o Espírito Santo, onde será sepultado.
Quatro pessoas feridos na explosão da lancha permanecem internadas no Rio.
A Polícia Civil e a Marinha investigam as causas do acidente. O dono da lancha que explodiu não foi encontrado pela reportagem. O nome dele é mantido em sigilo pela Marinha para não atrapalhar as investigações. A lancha era recreativa e foi alugada para turismo, atividade não regulamentada em Cabo Frio.
Com informações do g1
