O Justiça do Rio negou o pedido de habeas corpus dos três homens presos pela assassinato do empresário Rodrigo Canust Pereira, de 35 anos, espancado na Praia do Forte, em Cabo Frio, em fevereiro deste ano. A justiça acatou o pedido do Ministério Público, que denunciou os envolvidos e era contrario a libertação dos acusados. A defesa deles alega, que por terem residência fixa e atividades remuneradas lícitas, eles poderiam responder pelo crime em liberdade.
A denúncia também foi detalhada. Os acusados são Fabrício Rodrigues da Silva e Souza, Luís Fernando Pinheiro Silva e Roandre da Glória Trindade. De acordo com o MP, cada um dos três presos teve uma participação específica no crime. Fabrício teria derrubado Rodrigo na areia. Depois, ele foi agredido com chutes e socos por Luís Fernando. E por fim, Roandre teria agredido Rodrigo com um pedaço de madeira na barriga.
Segundo a decisão, “os fatos abalam a ordem pública de forma inconteste, haja vista que o crime de homicídio sub judice foi praticado com extrema violência, por meio de espancamento à vítima, e, com efeito, como destacado pelo órgão ministerial, em evidente superioridade numérica de agressores, na Praia do Forte desta comarca, o que revela uma postura de frieza e covardia, além de ter sido um fato que trouxe abalo à tranquilidade pública, bem como de grande repercussão social”
O empresário Rodrigo Canust Pereira foi morto depois de uma discussão sobre ocupação da areia da praia, por homens que trabalhavam em uma barraca. Ele era de Queimados, na Região Metropolitana. Na época, o dono da barraca teve a permissão de trabalhar suspensa e a prefeitura começou um recadastramento de ambulantes e barraqueiros. A prefeitura informou que não há prazo para o recadastramento ser concluído. Atualmente, só tem autorização para trabalhar na praia, ambulantes e barraqueiros que tinham autorização antes de 2023. Todas as autorização após esse ano permanecem suspensas.
Não conseguimos contato, ainda, com a defesa dos acusados.
