A família da adolescente Maria de Fátima Syriaco, de 17 anos, que, segundo parentes, morreu vítima de negligência médica no Hospital da Mulher de Cabo Frio, registrou um boletim de ocorrência contra a unidade nesta terça-feira (2).
Maria de Fátima morreu no dia 24 de junho, 34 dias após dar a luz no Hospital da Mulher. A família diz que teve complicações após o parto e a suspeita é de que ela tenha tido o intestino perfurado durante a cesariana.
A prefeitura nega. Diz que não houve perfuração causada pela cesárea e o diagnóstico da mesma era úlcera duodenal. E que Maria de Fátima não teria respondido ao tratamento.
A prefeitura lamentou o caso e garantiu que equipe da Secretaria de Saúde usou todos os recursos possíveis para a recuperação da mesma.
OUTRO CASO – esse é o segundo caso, neste ano, a ser investigado pela Polícia Civil. A outra ocorrência envolve a jovem Eduarda da Silva Nogueira, de 18 anos. Ela diz que foi internada no Hospital da Mulher no dia 18 de março, na 38ª semana de gestação, mas não conseguia ter dilatação para um parto normal. Mesmo assim, os médicos da unidade negaram e aplicaram medicamentos para incentivar o parto natural. Mas no dia 21 de março, após exames, foi constatado que a criança estava morta e foi preciso fazer uma cesariana de emergência.
Sobre esse caso, a prefeitura ainda não se manifestou.
O Hospital da Mulher já foi alvo de duas CPI´s, uma da Assembléia Legislativa e outra da Câmara Municipal, que constataram problemas como falta de materiais básicos e recursos. As comissões investigaram a morte em série de bebês recém-nascidos na unidade.
