A Polícia Civil do Rio vai investigar mais um caso de morte no Hospital da Mulher de Cabo Frio. É a terceira investigação aberta só neste ano. Desta vez, a vítima é uma menina de 5 anos que teve complicações após uma cirurgia de retirada de amígdalas. De acordo com a família, Manuella Rocha Faustino passou pelo procedimento no último dia 10, em Cabo Frio. “Duas horas depois, os médicos nos chamaram para avisar que a Manuella teve uma complicação durante a cirurgia “, disse Evelyn Corrêa Rocha, a mãe de Manuella.
Manuella precisou de internação em uma UTI pediátrica e como não há esse tipo de leito na rede pública, em Cabo Frio, a criança conseguiu uma vaga no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama. Ela ficou internada até a última sexta-feira (19), quando teve uma convulsão e não resistiu.
O corpo de Manuella foi levado para necropsia no IML de Araruama. Não há prazo para a divulgação do resultado dos exames.
A família diz que há suspeita de negligência médica na aplicação da anestesia para a cirurgia de Manuella.
Em nota, a prefeitura de Cabo Frio informou que “o procedimento cirúrgico foi realizado com sucesso. No entanto, a paciente apresentou complicações após o término da cirurgia. A criança foi estabilizada ainda no setor e, em seguida, transferida com urgência para a unidade de referência em Araruama, acompanhada pela equipe médica, enfermagem e um familiar”. E lamentou a morte da criança: “A Secretaria de Saúde lamenta profundamente o ocorrido e se coloca à disposição dos familiares para quaisquer esclarecimentos necessários”.
O caso está sendo investigado pela delegacia de Araruama.
OUTROS CASOS – Em Cabo Frio, a polícia investiga outros dois casos de morte no Hospital da Mulher. O primeiro foi em janeiro. Um mulher denuncia que entrou em trabalho de parto, mas que os médicos do hospital teriam demorado quatro dias para fazer a cesariana e a criança não resistiu. O outro caso foi em junho, após a morte da adolescente Maria de Fátima Syriaco, de 17 anos. A família diz que ela teve uma perfuração no intestino e alguns dias após o parto teve complicações e não resistiu. A prefeitura nega negligência médica.
