A 2ª Vara da Comarca de Búzios confirmou, nesta semana, que o Carlos José de França, acusado de matar a argentina Florencia Aranguren, no dia 6 de dezembro do ano passado, em Búzios vai a júri popular. A Justiça rejeitou o recurso apresentado pela defesa para anular a sentença de pronúncia de Carlos José.
A defesa contestava a forma como foram colhidos os materiais genéticos, que laudo confirmou serem compatíveis com o DNA do acusado. Os advogados pediram a absolvição de Carlos José ou que a Justiça não aceitasse a denúncia. A data do júri ainda não foi informada.
Sobre o caso
Florencia foi encontrada morta a facadas, em uma trilha de Búzios, no dia 6 de dezembro do ano passado. Carlos José de França foi preso, responde por homicídio qualificado e já tinha tido um pedido de soltura negado em audiência no dia 30 de janeiro.
Segundo a Polícia Civil, após o homicídio, foram coletadas amostras do corpo da vítima e de Carlos José. Os materiais foram comparados com resíduos das peças de roupas do homem e com material retirado das unhas da turista, que teria uma possível presença de pele do autor do crime.
Ainda de acordo com a perícia, as análises iniciais apenas apontaram a presença do DNA da vítima. Os peritos, então, empregaram uma técnica específica para a detecção de marcadores de DNA de origem masculina.
Os resultados obtidos indicaram a presença de um perfil genético do cromossomo Y na unha da argentina coincidente com as variantes presentes no cromossomo Y do acusado.
Além de ajudar a elucidar o crime, a análise pode ajudar ainda em outras investigações. O perfil obtido das unhas da vítima será inserido no Banco Estadual de Perfis Genéticos, possibilitando a correlação com outros crimes cometidos pelo mesmo autor.
O inquérito do homicídio de Florencia Aranguren já tinha sido concluído pela delegacia de Búzios.
