O prefeito de Cabo Frio, Dr. Serginho (PL), denunciou o que chamou de “desvios de dinheiro público” na gestão anterior. Esses desvios estariam entre os motivos da falta de dinheiro em caixa para quitar a folha de pagamento de dezembro dos servidores, que será parcelada em até 10 vezes.
De acordo com as denúncias, divulgadas num vídeo nas redes sociais nesta quarta-feira (8), havia um excesso de comissionados ligados ao gabinete da ex-prefeita Magdala Furtado (PV) e a Secretaria de Governo. No gabinete da prefeita, que tem 80 metros quadrados, existiam 334 contratados temporários, com um custo de mais de R$ 1 milhão. Esse custo será reduzido para R$ 10 mil, já que apenas quatro cargos comissionados serão mantidos.
Na Secretaria de Governo há uma listagem com 1.311 supostos autônomos, que receberam, segundo Dr. Serginho, de forma ilegal, cerca de R$ 2,5 milhões. Esses pagamentos foram suspensos.
O prefeito prometeu, ainda, publicar as listas com os nomes dos comissionados e supostos autônomos, “para que todos saibam quem participou dos desvios”. Os documentos serão enviados ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas do Estado e a Procuradoria do município.
Dr. Serginho decretou estado de calamidade financeira em Cabo Frio pouco depois de assumir a prefeitura, alegando que a gestão anterior deixou um rombo de R$ 1,4 bi nos cofres públicos. Por conta disso, os servidores irão receber o mês de dezembro em 10 parcelas. Já os funcionários da Educação terão os salários de dezembro parcelados em 3 vezes, porque é possível usar os recursos do Fundeb para o pagamento.
Nossa reportagem tentou contato com representantes da gestão anterior, mas ninguém foi encontrado.
