Teve início na manhã deste sábado (8), em Cabo Frio, a demolição das ruínas do antigo Hotel Acapulco, no bairro Braga. Há mais de 10 anos o hotel foi desativado por determinação da justiça por estar em área de preservação ambiental, na Praia das Dunas. As empresas responsáveis pelo empreendimento faliram e as ruínas passaram a ser ocupadas por moradores em situação de rua. Recentemente, o local virou ponto para usuários de crack, o que aumentou a preocupação dos moradores com a violência na área.
De acordo com a prefeitura, a demolição foi liberada pelo MPF (Ministério Público Federal) e deve ser concluída ainda neste sábado. A remoção de todo o entulho deve demorar três meses. O entulho proveniente da demolição não será levado para aterros sanitários e deverá ser reutilizado em obras da prefeitura.
Após a retirada do entulho, será feito o plantio de mudas nativas na área.
A demolição está sendo feita com recursos da prefeitura. Os funcionários e equipamentos usados são da Comsercaf (Companhia de Serviços de Cabo Frio).
Moradores do bairro acompanharam o início da demolição e apoiaram a medida.
Em audiência pública realizada no fim de janeiro, o prefeito de Cabo Frio, Dr. Serginho (PL) anunciou que faria a demolição da estrutura antes do Carnaval. Durante a operação de início dad demolição, Dr. Serginho brincou e disse que só consideraria o dever cumprido quando o prédio estiver “na chon”, usando um bordão da personagem Dona Armênia, da novela “Deus nos Acuda”, da Rede Globo.
O destino das ruínas passou por grandes debates desde o fechamento do hotel. Houve a intenção, inclusive, de reformar o imóvel e transformá-lo em uma escola de hotelaria. Mas a iniciativa não saiu do papel.
O Hotel Acapulco, na Praia das Dunas, tinha 60 apartamentos e era considerado três estrelas. Mas a justiça decidiu, em 2012, que o imóvel estava numa área de preservação ambiental. O processo de desapropriação da área se arrastava há anos e envolvia o Ministério Público Federal, o IPHAN (Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e a SPU (Secretaria de Patrimônio da União).
