A prefeitura de São Pedro da Aldeia informou que vai manter a retirada de material orgânico da Laguna de Araruama, nas praias do Camerum, Mossoró e Boqueirão, pelos próximos seis meses. O trabalho é feito com o projeto Limpa Rio Social. A prefeitura diz que o material, na verdade, são algas, que proliferaram de forma incontrolável por diversos fatores, como o clima.
Mas a iniciativa não tem autorização do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), que fiscaliza a Laguna. O Inea monitorou o trabalho antes do carnaval e deu prazo de 61 dias, previsto na legislação, para que a prefeitura explique o procedimento. O Manchete Lagos questionou o Inea se, sem autorização, o procedimento não deveria ser interrompido. Mas a resposta que recebemos é que deveríamos procurar a prefeitura, que foi fiscalizada.
A prefeitura não citou a fiscalização, mas informou que mantém o trabalho com autorizações ambientais do município.
O material retirado das praias está sendo levado para um espaço na zona rural, que tem autorização, segundo o Poder Executivo, para receber o produto.
Enquanto isso, moradores e ambientalistas continuam criticando o procedimento. Eles dizem que o material, na verdade, não seriam algas e sim, material orgânico proveniente do despejo ilegal de esgoto na Laguna. Desde o início do ano, a presença do material orgânico têm se intensificado, prejudicando a pesca e o turismo na região entre a Praia do Siqueira, em Cabo Frio e São Pedro da Aldeia.
