Três bombeiros militares de Cabo Frio foram denunciados pelo Ministério Público do Rio por crime de corrupção. De acordo com a denúncia do GAECO (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado), Renan Stopa Felipe e André Luiz Siqueira do Carmo, lotados, à época, no 18º Grupamento de Bombeiro Militar (Cabo Frio), receberam propina do também bombeiro militar Raphael de Mello Pessoa, que atuou na situação como despachante, para a emissão de licenças relacionadas às normas de prevenção contra incêndios. A pedido do GAECO, a Justiça Militar decretou a suspensão cautelar das funções públicas dos três denunciados.
A investigação criminal, que contou com a participação da Corregedoria do Corpo de Bombeiros Militar, revelou um grande esquema criminoso envolvendo empresários e bombeiros militares e que perdurou por longo período, abrangendo o comando de três oficiais à frente do quartel de Cabo Frio.
Essa é a primeira denúncia relacionada aos fatos que, segundo o GAECO/MPRJ, causam grande dano social, “uma vez que o afrouxamento criminoso das normas de segurança contra incêndio e pânico coloca em risco toda a sociedade que utiliza esses imóveis indevidamente licenciados”. Por tal razão, o MPRJ também requereu ao Juízo a condenação dos envolvidos ao pagamento de valor destinado à reparação dos danos morais coletivos causados pelas infrações.
O MPRJ ainda detalhou o valor a ser pago pelos bombeiros envolvidos e o período em que a prática denunciada foi praticada e aguardamos resposta.
O Manchete Lagos aguarda um posicionamento da corporação e tenta contato com os bombeiros citados na reportagem.
