A Plataforma P-53, operada pela Petrobras na Bacia de Campos, foi interditada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), após uma auditoria realizada entre os dias 8 e 17 de abril. A auditoria constatou que há riscos graves à vida dos trabalhadores e ao meio ambiente.
As informações foram divulgadas nessa quarta-feira (16) pelo Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense).
De acordo com o relatório técnico da ANP, foram encontrados diversos desvios críticos de segurança, muitos deles semelhantes aos já identificados em uma interdição anterior da mesma plataforma, ocorrida em fevereiro de 2024. Entre os principais problemas estão a degradação severa de estruturas críticas, ausência de medições técnicas confiáveis, falhas na avaliação de danos e omissões no envio de relatórios técnicos fundamentais, como o Relatório estrutural por entidade especializada, que sequer foi encaminhado à agência.
Segundo o documento, vigas com grande degradação estrutural, inclusive aquelas que servem de suporte para tubulações de fluidos perigosos, foram ignoradas pela Petrobras nos relatórios apresentados. A ANP alerta que tais falhas comprometem diretamente a segurança em cenários de incêndio e explosões, colocando em risco uma população a bordo (POB) de 240 pessoas.
O Manchete Lagos entrou em contato com a Petrobras e aguarda um posicionamento da empresa.
