A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) informa que recebeu a confirmação do primeiro óbito por Febre do Oropouche no estado. As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lacen-RJ) e pela Fiocruz. Trata-se de um homem, de 64 anos, morador de Cachoeiras de Macacu, que foi hospitalizado na Região Metropolitana do estado, em fevereiro e morreu quase um mês depois.
Desde a notificação da suspeita de óbito por Febre do Oropouche, a comissão de investigação de óbitos da SES-RJ se dedicou a investigar o caso de forma minuciosa. Os protocolos de vigilância epidemiológica e controle da doença também foram aprimorados desde então.
“A Secretaria de Estado de Saúde monitora semanalmente o avanço da Oropouche. Desde o ano passado, nossos especialistas têm realizado capacitações com os municípios com o objetivo de evitar a proliferação do vírus e aprimorar a assistência aos pacientes”, conta a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Em fevereiro, técnicos de Vigilância Epidemiológica, Atenção Primária à Saúde e do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do estado fizeram uma visita técnica em Cachoeiras de Macacu. O objetivo foi capacitar os profissionais do município para alinhar e definir as estratégias de atuação na prevenção e no tratamento dos casos.
Cachoeiras de Macacu tem 92 cachoeiras cadastradas e é grande produtora de frutas como goiaba e banana, o que contribui para a existência e a criação do inseto maruim, popularmente conhecido como mosquito pólvora e transmissor da doença.
Em 2025, até 15 de maio, foram registrados 1.484 casos confirmados da doença. As cidades que concentram mais notificações são: Cachoeiras de Macacu (649), Macaé (513), Angra dos Reis (253) e Guapimirim (164). Os dados estão disponíveis no painel de Arboviroses do Monitora RJ, e estão sujeitos a atualizações.
