Ainda não há prazo para o início da remoção do material orgânico que tomou conta da Praia do Siqueira, em Cabo Frio. Mas a previsão é que cerca de 300 mil metros cúbicos de resíduos sejam removidos em uma operação conjunta que vai reunir a Prefeitura de Cabo Frio, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e a Prolagos, concessionária de água e esgoto que atua na Região dos Lagos.
A remoção foi tema de uma audiência pública realizada nesta quarta-feira (11) na Praia do Siqueira. A audiência reuniu entidades ambientais e representantes da colônia de pescadores.
Desde o início do ano, pescadores têm denunciado o agravamento do acúmulo de logo e material orgânico na Praia do Siqueira. O local está entre os piores pontos da Laguna de Araruama em termos de poluição. O motivo seria o despejo de esgoto não tratado no local. A Prolagos informou que o problema deve ser resolvido com a conclusão da ampliação da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) da Praia do Siqueira. Não há prazo. Já a Prefeitura de Cabo Frio informou que reforçou a fiscalização para evitar que imóveis próximos despejem esgoto na laguna sem tratamento.
Em São Pedro da Aldeia, o lodo e o material orgânico está sendo retirado de praias como a do Camerum desde o início do ano, em parceria com o projeto Limpa Rio, do governo do estado. A remoção é feita manualmente e por máquinas. Mas o resultado tem sido criticado por entidades, que alegam que o lodo retirado é facilmente substituído por mais lodo e material orgânico.
O início da remoção na Praia do Siqueira depende, agora, do resultado de uma análise que está sendo feita pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente). Essa análise vai verificar se há metais pesados que possam ser liberados na laguna caso seja feita a remoção. Não há prazo para a divulgação da análise.
