Foram divulgados novos dados sobre o suposto caso de uma mulher que teria matado o filho recém-nascido em um ritual religioso em São Pedro da Aldeia. De acordo com a Polícia Civil, a mulher não teria confessado que matou a criança. Ela teria informado que o filho morreu em casa, engasgado com leite materno. Mas a família não teria acionado as autoridades e nem buscado ajuda médica, alegando que o carro estava estragado. Em vez disso, ela e o marido teriam seguido a orientação de uma líder religiosa e enterrado o corpo em uma área de mata em Sampaio Correa, em Saquarema.
A mulher, o marido e a líder religiosa foram presos, acusados de ocultação de cadáver. Desde a noite desta terça-feira (9), policiais fazem buscas pelo corpo na área indicada pela família.
O caso veio à tona depois que o Conselho Tutelar começou a investigar denúncias de maus-tratos contra outros três filhos da mulher. As denúncias chegaram ao Disque 100, serviço do governo federal de proteção de crianças e adolescentes. Mas os conselheiros estranharam que o filho caçula da mulher, que nasceu em janeiro de 2024, não estava presente na casa. Aos conselheiros, a mulher contou que a criança havia morrido. Na primeira versão, a mulher disse que a criança nasceu prematura, no Hospital da Mulher, em Cabo Frio e que teria morrido lá. Ela acrescentou que fugiu da unidade. Mas ao verificar o fato, o Conselho Tutelar descobriu que não há certidão de óbito da criança. Diante disso, a mulher passou a relatar a versão de que a criança morreu engasgada em casa.
Além de ocultação de cadáver, a mulher e o marido também vão responder pelas denúncias de maus-tratos aos outros três filhos.
O Manchete Lagos continua apurando o caso.
