A 2ª Vara Criminal de Saquarema decretou nesta terça-feira (11) a prisão preventiva de Wagner Teixeira Carlos, conhecido como “Bigode”, apontado como chefe do tráfico de drogas na Favela do Lixo, em Cabo Frio. A decisão ocorre após o avanço das investigações que ligam o criminoso a uma rede de abastecimento de entorpecentes entre a Rocinha, no Rio de Janeiro, e a comunidade cabo-friense.
De acordo com a decisão judicial, a denúncia foi instruída com o Auto de Prisão em Flagrante nº 2025.0066594-DPF/MCE/RJ, referente à prisão, em 13 de junho de 2025, de Pheterson Fernando Nogueira Lopes, que foi detido em Saquarema transportando 29,15 kg de cloridrato de cocaína e 19,45 kg de maconha, com apologia à facção Comando Vermelho (CV) e à Favela do Lixo.
As investigações apontam que o comércio de drogas na Favela do Lixo era abastecido diretamente pela Rocinha, sob o comando de Wagner, também conhecido pelos apelidos “Waguinho”, “Bigode” e “Tubarão”, mesmo ele estando preso no Presídio Gabriel Ferreira Castilho (Bangu 3).
O esquema contava com o apoio de Anderson da Silva Severo, o “Uando” ou “Maestro”, morto durante a Operação Contenção, realizada em 28 de outubro, e de Sued Yuri Lemos Borges, o “B da Glock”, preso na mesma ação. Sued é apontado como gerente do tráfico em Cabo Frio.
Na ocasião da operação, também foram presos Daniel da Silva Pereira (“Filhinho”), Patrick Wesley Rafael Domingos (“PT”) e Wescley de Mendonça Lessa, todos ligados a ataques do Comando Vermelho em comunidades da Grande Jardim Esperança e do Jacaré, em Cabo Frio.
Ainda segundo o Tribunal de Justiça, a Vara de Execuções Penais (VEP) indeferiu o pedido de progressão de regime de Wagner, mantendo-o no regime fechado, por conta de uma falta grave e da nova decretação de prisão preventiva. A juíza do caso ressaltou que o apenado segue sob análise para possível transferência ao sistema prisional federal, decisão que deve ocorrer nos próximos dias.

