O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio (CRMV-RJ) encaminhou um ofício à Polícia Federal pedindo a investigação de uma tentativa de obtenção de registro profissional com uso de documentação irregular.
Segundo o documento enviado pela Autarquia, uma mulher procurou o Departamento de Registros do Conselho alegando ter realizado a inscrição como médica-veterinária pelo site do CRMV-RJ e que, por uma suposta falha administrativa, teria recebido um número de registro provisório.
A informação foi prontamente verificada e considerada improcedente. O número citado pertence, na verdade, a uma profissional regularmente inscrita no Conselho. Além disso, a modalidade de inscrição provisória foi extinta em 2022.
O caso chamou ainda mais atenção após denúncias apontarem que a mulher estaria atuando irregularmente como médica-veteriária em Araruama. De acordo com os relatos, ela se apresentava como profissional habilitada e oferecia serviços privados da Medicina Veterinária, o que configura, em tese, exercício ilegal da profissão.
Diante da gravidade da situação, o Conselho publicou alertas em seus canais oficiais com o objetivo de informar a população e reforçar seu compromisso com a proteção da saúde animal e da sociedade. Após os comunicados, a mulher notificou extrajudicialmente o Conselho, solicitando o reconhecimento do suposto registro.
O CRMV-RJ, então, entrou em contato com a universidade que constava na certidão de conclusão do curso apresentada. A instituição confirmou que a requerente não possui formação em Medicina Veterinária.
Com base nos documentos reunidos e nas evidências apresentadas, o Conselho solicitou à Polícia Federal que apure os fatos e, se for o caso, adote as medidas legais cabíveis diante dos possíveis crimes de falsidade documental, estelionato e exercício ilegal da profissão.
O Manchete Lagos questionou a Polícia Federal sobre o ofício e aguarda um posicionamento para saber se a falsa médica-veterinária será presa ou não.
