Uma operação de grande porte foi deflagrada na comunidade da Rocinha, em São Conrado, Zona Sul do Rio, na madrugada desta terça-feira (17), com o objetivo de capturar mais de 30 traficantes do Comando Vermelho que buscavam refúgio na comunidade, vindos principalmente dos estados do Ceará e de Goiás. A ação contou com cerca de 400 policiais militares de 11 batalhões e agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Durante a operação, 34 mandados de prisão e 9 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos. Até o momento, um suspeito foi morto, dois ficaram baleados e um traficante foi preso. Entre os mortos está Vitor dos Santos Lima, conhecido como Playboy, apontado como o principal segurança de John Wallace da Silva Viana, o Johny Bravo, chefe do tráfico na Rocinha. O advogado da família de Playboy criticou a atuação policial, alegando que ele teria tentado se render, mas acabou sendo morto.
Os agentes apreenderam 40 tabletes de cocaína, dois revólveres e munição. Uma estufa usada para a produção de maconha foi localizada na parte alta da comunidade. Além disso, Kaio Alves Ferreira, conhecido como Barney, foi preso. Ele é suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas e assassinatos no estado de Goiás.
A operação envolveu unidades especializadas como o Batalhão de Operações Especiais (Bope), o Batalhão de Choque, o Batalhão de Ações com Cães (BAC), além do apoio do Grupamento Aeromóvel e do Batalhão Tático de Motociclistas. Blindados foram utilizados durante o patrulhamento da comunidade.
A ação impactou diretamente a rotina dos moradores. A Estrada da Gávea, principal via de acesso, está fechada, e escolas e unidades de saúde foram afetadas. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 8 unidades escolares suspenderam suas atividades. A Secretaria Estadual de Educação informou que uma escola da rede estadual também precisou fechar.
Na área da saúde, a Clínica da Família Maria do Socorro não está funcionando, enquanto a Clínica da Família Rinaldo De Lamare segue em atendimento, mas com as atividades externas suspensas.
A Polícia Militar afirmou que os agentes envolvidos na operação estão utilizando câmeras corporais, apesar das alegações contrárias por parte de representantes da comunidade.
Fonte: Portal G1.
